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CAP conquista título mineiro do módulo II, Nacional da Vexame.

  • 20/05/2017

Podia se esperar qualquer coisa da partida de hoje, e apesar de tudo que fosse imaginável e esperado que acontecesse, ainda assim o que aconteceu superou tudo que se podia esperar.  Tudo já começou estranho quando o Nacional entrou em campo com apenas 9 jogadores, isso porque a diretoria já havia liberado atletas e o técnico antes da última rodada. O que para muitos envolvidos no esporte e na imprensa já foi uma total falta de respeito, esportividade e compromisso com a competição e com os adversários por parte do nacional. Ainda assim torcedores e jornalistas tinham esperança de um grande jogo.

Dizem que esperança é a ultima que morre, porém se alguém tinha esperança de um grande jogo, essa esperança durou apenas uns 20 minutos.  Com menos de 20 minutos o CAP já ganhavam de 4 x 0 do Nacional que parecia um time amador. A partir daí alguns jogadores do Nacional começaram a cair em campo sentindo dores e o nacional ficou apenas com 6 atletas. Pelo regulamento da CBF se um time fica com menos de 7 atletas, tal equipe perde os pontos da partida e o numero de gols será mantido se for igual a 3 ou mais gols, caso contrário o jogo é declarado 3 x 0 para o adversário.

A essas alturas os jogadores e torcida do CAP apenas aguardavam ansiosamente o resultado do jogo entre BOA e Uberaba para poderem comemorar o titulo. Baseado em tudo que aconteceu o BOA precisava aplicar uma goleada de 4 gols no Uberaba para conquistar o titulo, porém o jogo terminou empatado e o CAP ficou com a conquista. Os gols foram marcados por Jackson Five, Ademir, Quilder e Pedrinho.

– Viemos com nove jogadores, tivemos uma semana tumultuada, sem pagamento. Foram 12 horas de viagem, chegamos às 9h da noite. Três jogadores vinham de lesões, outro não treinava tinha mais de uma semana. Demos o máximo. Tentamos segurar, mas eles me falaram que não dava mais. Antes de jogadores, são seres humanos. Quem veio, correu. Espero que a torcida entenda que não tem como. É desumano. Virem nove para jogar, viagem longa, vindo de lesão, fazer o quê? – questionou Andrezinho, auxiliar técnico que comandou a equipe na última rodada do Mineiro.

– Entrar em campo não significa ser homem, mas se tivesse ficado até o final, independente do resultado. Ser homem é respeitar a gente que é profissional. Não temos nada a ver com o presidente deles. O presidente não estava aqui. O presidente é outro problema. Processa o presidente, entra na Justiça, faz qualquer coisa. Mas não foram homens de terminar o jogo – disparou o técnico Rogério Henrique, do Patrocinense.

 A torcida comemorou muito o titulo, mas de certa forma esperavam por um espetáculo melhor.  Embora o que infelizmente aconteceu no decorrer da partida, não diz respeito ao CAP, que de uma forma irretocável fez um campeonato sensacional se mostrando uma equipe sólida durante toda a competição. Na tarde desse sábado no estádio  Júlio Aguiar o que se viu foi, de um lado um legitimo campeão estadual, do outro lado um ” papelão nacional”.

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